CHEIRINHO DA AMAZÔNIA NA FRANÇA II

Olá blogueiros e visitantes da Feira!
Aqui neste post vocês poderão conhecer um pouco do trabalho do grupo "Amigos da História" desenvolveram para a XIII FEIRA PAN AMAzÔNICA DO LIVRO e FEIRA DA CULTURA NO VILHENA ALVES no mês de novembro!

HISTÓRIA   DOS   PERFUMES

O uso de perfumes é bem mais antigo do que podemos imaginar. A palavra perfume deriva do latim "per fumum", que significa "pela fumaça". Foi através da fumaça que o homem primitivo entrou em contato com o cheiro que exalava das florestas em chamas.

Até antes da descoberta do fogo, o homem sentiu os cheiros que algumas árvores com troncos odoríficos, como o cedro e o pinheiro, soltavam no ar. 

Depois, quando o fogo foi dominado, o homem deliberadamente passou a queimar madeiras e folhas para sentir o aroma que lhe agradava, assim como durante as oferendas aos deuses.

Escavações arqueológicas nos mostraram que desde o Egito Antigo o homem fazia este uso. Como exemplo podemos citar os sacerdotes egípcios que homenageavam as divindades utilizando perfumes. Eles acreditavam que a vida na terra era apenas uma passagem, achavam que havia uma vida após a morte. 

Sendo assim preparavam os corpos dos mortos para uma vida futura. Estes corpos eram conservados através da mumificação , onde eram impregnados de perfumes e bálsamos.

Era  costume , ainda depositar ao lado do corpo objetos que poderiam ser úteis ao morto no  além-túmulo. Entre eles contavam-se caixas e vasos com ungüentos sagrados, cosméticos e perfumes. Além de usarem os perfumes nos rituais  funerários , os egípcios o usavam para lavar o corpo e os colocar nos  incensários , para perfumarem os ambientes.

 

Outros povos como os Persas não usavam o perfume no corpo , mas nos ambientes para afastar os maus espíritos e em oferendas para conquistar favores dos deuses.

 

Na Mesopotâmia dá-lo à esposa significava um ato de amor do marido. 

Além disso, servia para rituais de purificação, que pelos pobres era feito com óleo de gergelim, já os ricos podiam fazê-lo com finos óleos de murta e de cedro.

 

Na Idade Média , durante as Cruzadas  chegaram na Europa  os primeiros óleos perfumados e as primeiras águas de rosas, trazidos pelos árabes , mas quem os comercializava eram os Venezianos.Alguns autores afirmam que durante este período , devido a falta de higiene, usava-se muito o perfume para diminuir o mau cheiro dos ambientes.

 
No século XVII as luvas perfumadas ficaram populares na França e em 1656, a associação de fabricantes de luvas e perfumes estabeleceu-se. 

A partir daí o perfume não parou de crescer na França, para se ter uma idéia desta importância conta-se que o  tribunal de Luis XV até foi nomeado "O Tribunal Perfumado" devido aos cheiros que eram aplicados à pele como também na vestimenta e mobília.

 

No século XVIII foi inventada a "Água de Colônia" ou "Eau de Cologne". No século XIX Rousseau , afirmou que: "O olfato é o sentido da imaginação". Neste período o perfume ficou mais popular com o desenvolvimento da indústria química,  onde começam a aparecer os aromas sintéticos, que simulam os naturais .

No século XX , em  1921 - Couturier Gabrielle Channel lança a própria marca de perfumes, criada por Ernest Beaux. Ela o batiza de Channel N° 5. Este perfume moderniza os métodos de fabrico e comercialização da época: aqui o frasco ganha cada vez mais importância, e a imagem associada ao perfume torna-se tanto ou mais importante que o seu conteúdo.

O Channel 5 tem em sua composição mais de 65 substâncias entre elas rosas, jasmins de Grasse, flores raras do oriente e sândalo, além da luxuosa essência do pau-rosa, árvore tropical ameaçada de extinção, encantou os europeus desde o século XVIII por sua fragrância.

Em 1955, numa entrevista,  Marilyn Monroe deu à marca a sua melhor publicidade quando numa entrevista disse que  usava para dormir somente três gotas de Channel nº 5. Com esta declaração as vendas do perfume dobraram, permitindo a Coco embolsar 162 mil dólares naquele ano.

Atualmente, no  rol de essências de luxo, o Channel 5 é o perfume o mais vendido no mundo.